Notas
Às vezes, para matar as saudades, coloco uma das almofadas no peito e fico a imaginar você adormecida nele
Fico preso a acompanhar o teu lento respirar
Caindo em vertigens ao apreciar os teus cabelos a deslizarem entre os meus dedos como se fossem areia do mar
Desmaio em sonhos quando o meu coração escuta os teus batimentos cardíacos
Decifrando meticulosamente a variação de bombeio em cada teu sentimento perdido
Sinto falta de te ver a brincar no chuveiro
Vendo a água a deslizar pelo teu corpo inteiro
Saindo das montanhas dos teus seios
até perder a altitude nas cascatas das tuas pernas
Desaguando na Foz do Banheiro
As viagens não param até que eu também caia no sono.
E quando acontecer, ainda estaremos juntos, pertinhos e aconchegados
Deitados nesta mesma minúscula cama, com lençóis brancos amarrotados
Os nossos pés, que nem estrelas, juntinhos e entrelaçados
E eu a fazer cafuné nesses teus pequeninos lábios...
"Souvenir é sentir o teu perfume nestas fronhas quando tu já não estás por perto"